Nota-se, no contexto brasileiro, a existência do direito civil à adoção, ou seja, um indivíduo ser assumido como filho por um casal que não são os pais biológicos. No entanto, a burocracia para a concretização dessa medida é extensa e necessita de mais de dois anos para admissão. Sendo assim, um total de mais de 37 mil pessoas estão na lista de espera para adotar uma das mais de 46 mil crianças em instituições de acolhimento, segundo o Conselho Nacional de Justiça. Para melhorar isso, são necessárias varas especializadas na área e campanhas contra o preconceito. Em primeiro lugar, deve-se ampliar o pequeno número de Varas da Infância e Juventude responsável exclusivamente no sistema de adoção. Vale ressaltar que apenas 12% das varas da infância atuam exclusivamente nesse setor, logo, impede que o processo adotivo seja rápido e ocasiona a desistência de muitos cônjuges, consoante dados veiculados pelo G1. A partir daí, o Ministério da Justiça ao multiplicar as varas específicas reduzirá a demora processual, uma vez que não julgarão casos de outras esferas criminais. Partindo do pensamento de Auguste Cury, na qual, afirma que o sonho da igualdade só cresce com respeito as diferenças, o preconceito daqueles que escolhem critérios para adotar uma criança, como cor da pele, precisa ser erradicado pela promoção de campanhas pelas ONGs. Desse modo, com a disseminação dos ideais de equidade, a sociedade irá abandonar a intolerância racial, ademais as crianças rejeitadas devido aos critérios impostos terão uma família. Isso deve ocorrer dado que 5,6 mil crianças estão aptas à adoção, mas a maioria não se encaixa no perfil desejado, de acordo com órgãos federais. Em contrapartida, o aumento das varas especializadas e o espalhamento dos ideais por campanhas irão desencadear crescimento na despesa do país. Destarte, serão necessários investimentos públicos para construção dos centros de justiça e para a realização das campanhas será indispensável o patrocínio do Governo Federal, os quais agravarão o déficit econômico. Contudo, o Brasil combaterá a extensa burocracia do processo adotivo e o preconceito de muitos casais que querem adotar uma criança por meio da adesão das premissas citadas. Assim sendo, os pressupostos citados promoverão o direito à família para as mais de 40 mil crianças que aguardam nos lares de acolhimento. Diante disso, as demoras processuais de mais de 2 anos para efetivar a adoção e a existência de perfis ideais de crianças serão incomuns, ademais, será engradecido o direito à vida preconizado na Constituição Federal de 1988.