Título da redação:

Adoção: apenas um ato de amor?

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 19/06/2016

É da natureza humana a busca pela felicidade, segundo o filósofo Aristóteles; dessa forma, para algumas pessoas a vida só está completa com a presença de filhos e para isso muitos recorrem à adoção. Contudo, o ato de adotar é permeado de conflitos que dificultam a sua finalização. Como um processo tão importante e humano, pode ser alvo da seletividade preconceituosa e de transgressões das leis que o norteia. Nesse sentido, há um perfil preferencial na fila da adoção: crianças jovens e brancas. Os adotantes ao decidirem acolher um novo integrante à família dão prioridade para faixa etária mais baixa, pois visam facilitar adaptação em curto prazo. Aliado a isso, o resquício do eurocentrismo e embranquecimento influenciam na escolha do adotando, tanto que mesmo a maioria das crianças não sendo fenotipicamente brancas, essa é a maior procura dos futuros pais. Embora, as leis de proteção à criança e adolescente tenham sido aprimoradas, os principais motivos que as colocam no processo de adoção é a negligência e violência dos pais biológicos. Contudo, isso está longe de se tornar o passado deles, mesmo após a mudança de vínculos familiares. Haja vista, os recorrentes casos de maus-tratos em guardas provisórias, o que aumenta os traumas já vividos. Torna-se necessário, portanto, o aprimoramento do processo de adoção e melhor acompanhamento do mesmo. Para isso, o Poder Judiciário precisa participar de forma mais ativa na fiscalização da convivência e relação entre adotante e adotando, com o auxílio de assistentes sociais e psicólogos. Juntamente, com as varas da infância e da juventude aplicar de forma mais eficaz as leis de proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente.