Muitas são as conquistas no processo adotivo do Brasil. Com isso, contemporaneamente o conceito de família vem modificando–se e consequentemente o processo de adoção torna-se mais eficaz, por abranger vários tipos de grupos, como , por exemplo, de solteiros, casados, em alguns casos, de homossexuais e até mesmo de divorciados. No entanto, mesmo com essas diversidades as exigências dos pais adotivos, muitas vezes, não condizem com a realidade gerando problemas como a rejeição à adoção tardia e o acumulo de crianças sem lar. Primeiramente, um dos maiores desafios, nesse processo, é a adoção de crianças mais velhas e a introdução destas em um novo lar. Sendo assim, além da passagem por traumas, seja por abandono, seja pela retirada do seu ambiente natural, passam por rejeições, muitas vezes, por pais que buscam ou recém-nascidos, ou mais novos. Logo, sofrem uma “seleção natural” sendo deixadas de lado, pois não possuem aptidão para essas exigências em, alguns casos, sendo obrigadas a crescerem sem a representação de um pai e de uma mãe. Por isso, algumas dessas crianças depois dos 12, 13 anos fogem dos abrigos em busca de outro tipo de vida -nas ruas-. Com isso, para o senador Magno Malta (PR-ES) “A morosidade nos processos de adoção acaba contribuindo para que vidas sejam desperdiçadas”. Assim, cabe ao governo, por meio das mídias sociais, incentivar a adoção, já que uma das grandes conquistas nesse processo é a diversidade da possibilidade de adotantes, evitando assim que essas vidas sejam levadas a marginalização. Fica claro, portanto, que as dificuldades na adoção devem ser resolvidas, para evitar o aumento de indivíduos em formação nesses abrigos, mas sim em famílias. Sendo assim, é dever do governo facilitar esse processo, não atropelando critérios, todavia, informando e até mesmo em, alguns casos, buscando a ajuda da mídia, que por meio de propagandas e até mesmo novelas podem propagar informações e despertar interesses. Assim, abrindo os olhos da sociedade que, muitas vezes, buscam padrões e não histórias.