Após a Terceira Revolução Industrial, houve o crescimento do uso de redes e de meios de comunicação mais tecnológicos, estes sendo importantes para o processo de modernização. Os dados fornecidos pelos usuários são encaminhados a um sistema, composto por perfis individuais, que lança supostas sugestões a cada novo acesso. No entanto, interpretar como algo insignificante, as pessoas não percebem a manipulação de seus gostos e interesses. Vale ressaltar que tratam-se de um número escasso aqueles que se auto questionam a causa de uma ação ou de uma informação, tornando-se evidente uma falha no sistema educacional. Segundo o sociólogo E. Durkheim, quando uma instituição social não cumpre seu papel, ocorre uma anomia social, ideologia que é notória em redes de ensino, visto que não estão cumprindo o dever fundamental, descapacitando os alunos, principalmente jovens, de desenvolverem senso crítico. Impende-se relacionar a atual realidade à da sociedade de Admirável Mundo Novo, a qual se move em torno da completa padronização, ainda que pelo sistema governamental e não por influência da internet. Ademais, pode-se perceber que os indivíduos conectados encontram-se na caverna, igual à teoria de Platão, por optarem viver na sombra, ou seja, na alienação. De acordo com o supramencionado, o Ministério da Educação, juntamente às escolas, deve se responsabilizar pela efetivação de projetos e trabalhos que auxiliem na construção do pensamento crítico dos alunos a fim de que, de modo gradativo, estes aprendam a filtrar as informações que possam predispor ou aderir e designar a elas qual a sua função e necessidade. Concomitantemente, o Governo deve fornecer políticas públicas conscientizando e alertando a sociedade sobre precauções que há de se tomar quando utilizando os meios tecnológicos.