Com o início da Revolução Tecnológica no século XX e seu constante aprimoramento, os aparelhos móveis encontram-se presentes nas mãos da maioria da população brasileira, sendo que, hodiernamente, 24,3 milhões de usuários são crianças e adolescentes, segundo o jornal “A Tribuna”. No entanto, o consumo exacerbado de smartphones tem causado imbróglios para a nação, uma vez que vem sendo utilizado como substituição dos meios tradicionais de conhecimento e afetado a formação crítica e comportamental dos indivíduos em sociedade. Em um de seus estudos, o sociólogo Émile Durkheim entende que o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar. Partindo desse princípio, nota-se que a crescente interação por meio da internet tem mudado o comportamento coletivo, visto que, diante da imensa facilidade de acesso à informação, diminui-se paulatinamente a necessidade de busca de conhecimento em meios tradicionais, como livros e artigos acadêmicos. Em decorrência disso, é possível perceber o aumento de notícias e conteúdos inverídicos, muitas vezes sem qualquer fundamento científico e social, dado que não há qualquer controle sobre os conteúdos online. Diante disso, a problemática encontra-se na criação da alienação popular e na falta de pensamento crítico, posto que o consumo exagerado dessas informações afeta o discernimento da realidade. Além disso, o anonimato proporcionado pela internet conduz à impunidade em casos de disseminação de notícias falsas, viabilizando ainda os comportamentos violentos e atos inconsequentes praticados por indivíduos que entendem que dificilmente sofrerão algum tipo de retaliação, devido à falha de fiscalização online. Dessa forma, é necessário que o uso da tecnologia seja feito com maior consciência e moderação, de modo que esse comportamento nocivo ao saber seja evitado pelos cidadãos. Diante do exposto, entende-se que o caminho para a volta de uma maior interação social e busca do equilíbrio do uso de tecnologia pode ser feito por meio de ações socioculturais, promovidas pelo Ministério da Cultura, mediante ao incentivo de atrações culturais em escolas e ambientes de ensino, além de maior conscientização do povo sobre a importância da busca por conhecimento de qualidade. Dessa forma, é possível reverter o quadro do uso compulsivo da tecnologia e desenvolver jovens e adultos ainda mais empenhados no bem-estar e melhor convívio social.