Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O problema do uso excessivo da tecnologia entre os brasileiros e suas consequências

Redação enviada em 29/10/2018

Segundo o filósofo polonês Zygmunt Bauman, a sociedade vive num estado de Modernidade Líquida, no qual as relações humanas são marcadas pela efemeridade. Por conseguinte, é indubitável que o uso exacerbado das novas tecnologias tem intensificado a superficialidade das relações, tornando as pessoas mais distantes e individualistas. Mediante isso, surgem problemas relacionados ao vício tecnológico do brasileiro moderno, como o crescimento dos casos de depressão, ansiedade e síndrome do pânico, além de interferir diretamente na cognição humana. Nessa perspectiva, é impreterível a necessidade de uma intervenção social com o fito de mitigar os efeitos nocivos dessa prática tão comum. A princípio, cabe ressaltar que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas com acesso à internet cresceu exponencialmente nas últimas décadas, principalmente nas regiões com maior concentração econômica como o Sul e o Sudeste. Isso se deve ao desenvolvimento tecnológico advindo da Revolução Técnico-Científica, em que houve um avanço considerável no ramo e uma otimização dos meios comunicativos, devido à globalização. Dessa forma, muitos brasileiros passaram a consumir tecnologia em seus cotidianos, o que, infelizmente, tornou-se uma problemática com o decorrer do tempo. Outrossim, sabe-se que o inchaço no uso das novas tecnologias gerou problemas sociais decorrentes do processo de individualização e a natureza performática das redes. Com isso, as taxas de doenças mentais subiram vertiginosamente na última década, segundo a Organização Mundial de Saúde, assim como a dificuldade de aprendizado de crianças pequenas que tiveram acesso muito precoce ao ambiente tecnológico. Dessa forma, esses malefícios devem ser combatidos, prezando pela integridade mental dos brasileiros. Infere-se, portanto, a carência de uma intervenção com o objetivo de minimizar essa problemática. Para isso, é de suma importância que o Ministério da Educação, em parceria com o Governo Federal, busque criar um projeto que incentive o uso moderado da tecnologia por crianças, adolescentes e adultos, por meio de campanhas publicitárias que devem ser inseridas como propaganda em aplicativos de celular, a fim de demonstrar a importância da “medida certa”. Ademais, cabe ao Ministério da Cultura, desenvolver um programa que ajude na interação social das pessoas em lugares públicos, como praças, com a proibição voluntária de celulares e outras tecnologias, garantindo, assim, uma comunicação mais humana e menos robotizada.