Segundo pesquisas divulgadas no site “Nova Escola”, a população brasileira passa, em média, um terço do dia navegando pela internet. Com base nisso, em meio a tantas questões em relevo no Brasil, a dependência tecnológica ganha destaque no quadro atual, sobretudo em virtude de problemas bastante presentes no cenário nacional: a interferência negativa nas relações sociais e o sedentarismo. É fundamental, portanto, analisar as causas e consequências desse impasse para propor uma possível intervenção. Em uma primeira análise, cabe analisar os efeitos sobre a convivência dos indivíduos. No final dos anos 70, iniciou-se a Terceira Revolução Industrial, a qual contribuiu para o desenvolvimento da tecnologia - como o celular, o computador e a televisão. Com o passar dos anos, esse avanço científico universalizou-se e começou a causar impactos na vida dos cidadãos. Em vista disso, devido a essa entrada intensa do campo virtual nas relações sociais, o homem moderno tornou-se refém da tecnologia, haja vista que a sociedade a utiliza de maneira excessiva - principalmente os “smartphones”. Dessa forma, devido ao uso abusivo dessas modernizações, gerou-se um certo vício sobre elas, fazendo grande parte da sociedade substituir os encontros do mundo real pelos do virtual. Logo, torna-se evidente que as inovações trazidas por essa Revolução causou consequências negativas para a população, como a submissão tecnológica - problema que fere diretamente as relações interpessoais dos brasileiros, tornando-as superficiais. Além disso, vale ressaltar também os reflexos sobre o condicionamento físico dos indivíduos. Antigamente, quando não existiam meios mais práticos de ter acesso às diferentes atribuições sociais, os cidadãos iam ao cinema ver um filme, ao jornaleiro comprar jornais, à praça tomar um sorvete, entre outros. Contudo, com o advento tecnológico promovido pela Revolução da década de 70, nos dias atuais, esse comportamento se alterou. Desse modo, o homem do século XXI não vai ao cinema porque já consegue ver filmes na “Netflix”, confere as notícias através de rápidas pesquisas no Google e pede seu lanche pelo “iFood”. Assim, nota-se que essa facilidade colabora para a ocorrência do sedentarismo na conjuntura brasileira, visto que as pessoas não precisam mais sair de suas casas para realizar diversas ações. Com isso, devido a esse paradigma, inúmeros problemas físicos podem aparecer e prejudicar a saúde dos cidadãos, como o sobrepeso e a obesidade. Impende, pois, tomar medidas para mitigar toda essa problemática, uma vez que representa um grave entrave da modernidade. Por isso, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, por meio da implementação de palestras públicas nas escolas sobre os malefícios da dependência tecnológica, abertas para a população, deve instruir a sociedade - crianças, jovens e adultos - a não escolher o mundo virtual em detrimento do real. Essa ação tem o objetivo de reduzir, mesmo que gradativamente, o vício tecnológico e, consequentemente, a superficialidade das relações sociais contemporâneas. Com essa medida - que não exclui outras -, poderá ser alçado um Brasil com uma maior agregação social.