Max Horkheimer, filósofo e sociólogo alemão, em sua teoria da "Sociedade do Consumo", designa o tipo de sociedade com capacidade de desenvolvimento industrial e tecnológico avançados, e que se caracteriza pelo consumo massivo de bens e serviços disponíveis. Analisando esse estudo no contexto hodierno, o Brasil encontra-se como grande consumidor de tecnologia, em que grande parte da população é dependente de celulares, computadores e tablets, prejudicando a saúde mental e a socialização, sendo necessária a discussão acerca da problemática. Em primeiro plano, é primordial citar os danos que o excesso do uso de aparelhos celulares causam no psicológico humano. Com o avanço da tecnologia, iniciada pelos grandes computadores da Guerra Fria, a facilidade de acesso aos celulares gera novos distúrbios mentais, como a Nomofobia: neologismo utilizado para descrever a dependência e uso compulsivo do telefone móvel. Tal aborrecimento ocasionam problema físicos, como sedentarismo, além de falta de concentração, sendo essa um fator negativo consequente de vícios tecnológicos. Por conseguinte do vício supracitado, as relações sociais são afetadas pela falta de comunicação entre as pessoas. De acordo com pesquisas da We Are Social e da Hootsuite, os brasileiros passam quase metade do dia utilizando a internet, sendo uma das populações que mais ficam online. Isso faz com que amizades se desvinculem, devido à falta de tempo para socializar entre amigos e familiares, em detrimento do uso do celular, levando a construção de indivíduos egoístas como produtos do vício tecnológico. Em suma, medidas são imprescindíveis para combater o empecilho. O Ministério da Saúde, em conjuntura com as escolas, deve realizar palestras escolares sobre os malefícios do uso exacerbado de aparelhos eletrônicos, como forma de conscientizar os alunos acerca dos possíveis problemas, além de promover a diminuição do uso desses dispositivos, buscando erradicar esses distúrbios. Ademais, as grandes mídias devem exibir propagandas sobre o uso da tecnologia como empecilho social, causando repercussão nos telespectadores que usufruem muito das redes sociais, como maneira de amenizar os danos causados por elas. Apenas assim será possível que o Brasil não seja escravo do consumo tecnológico.