Uma das Vanguardas Europeias denominada "Futurismo", surgida pouco antes da Semana de Arte Moderna de 1922, no Brasil, representava o mundo por meio da celeridade da vida pós-moderna, principalmente mediante ao uso da tecnologia. Passados cerca de 100 anos desse movimento artístico, de forma análoga, é notório, na sociedade brasileira, que o rápido acesso a um extremo volume de informações manipula o comportamento do usuário de forma maléfica. Diante desse panorama nefasto, é imprescindível o desenvolvimento de medidas enérgicas tanto das instituições formadoras de opinião, quanto do Poder Público, com o fito de atenuar os prejuízos causados na vida dos usuários pelo controle de dados na internet. Em um primeiro plano, de fato, a ausência de debates nas escolas acerca do cuidado com o excesso de informações é um contribuinte do impasse. Nesse contexto, raramente, os estudantes são orientados a se comportar diante da internet, já que, deploravelmente, a falta de infraestrutura nos centros de ensino, como laboratórios de informática, e a deficiência de professores qualificados a esse tipo de ensino torna a resolução da problemática ainda mais difícil. Dessa maneira, muitos são manipulados pela internet, já que a máquina, com o uso de códigos e algoritmos, traçam o perfil do usuário e, com isso, as informações adquiridas pelo usuário são, não mais escolhidas pelo indivíduo, mas pela própria máquina. Além disso, a Constituição Federal de 1988 afirma que todo cidadão tem direito à informação. A título de ilustração, observa-se que, com o advento da Revolução Tecnocientífica Informacional, ocorrida no final do século XX, o uso da internet cresceu exponencialmente, ao atingir quase 75% da população brasileira no ano de 2016, conforme o IBGE. No entanto, por mais que a maioria da sociedade tem acesso à internet, lamentavelmente, é evidente a inexistência de políticas públicas que garantam a segurança e a liberdade da informação, visto que, muitas vezes, o usuário encontra-se diante de notícias falsas ou mesmo diante de dados não buscados. Assim, verifica-se a inoperância do Estado em combater a manipulação do comportamento do usuário pela internet. Fica evidente, pois, que as instituições de ensino e o Poder Público são os principais agentes que colaboram com a submissão do usuário pela máquina. Urge-se, portanto, que o MEC aumente os investimentos em todas as escolas do Brasil, por intermédio da construção de mais laboratórios de informática e da capacitação de profissionais qualificados ao ensino necessário ao combate dessa manipulação pela internet, com o escopo de mitigar os problemas trazidos à vida dos usuários de internet. Ademais, é essencial que os Poderes Executivo e Legislativo sancionem leis de fiscalização e combate à submissão do usuário pela máquina, com o propósito de não permitir que o direito à informação seja vilipendiado. Dessa forma, assim como no "Futurismo", os usuários de internet caminharão com celeridade e segurança em busca da liberdade do acesso à informação na sociedade brasileira.