Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Deficit habitacional no Brasil

Redação enviada em 13/10/2018

O livro “O Quarto de Despejo” é um diário escrito por Carolina Maria de Jesus na década de 1950. Assim, a obra mostra o cotidiano miserável dos moradores da, agora, antiga favela do Canindé de São Paulo. Percebe-se que, mesmo décadas depois, a realidade habitacional dos mais pobres não mudou no país. Nesse cenário, é necessário analisar como os fatores econômicos e de saúde pública estão relacionados a esse tema. Em primeiro lugar, deve-se apontar como a crise financeira, que afeta o Brasil, influencia nessa problemática. Isso porque, atualmente, existe mais de 13 milhões de desempregados, segundo Jornal Nexo. Somado a isso, a especulação imobiliária, nos grandes centros urbanos, colabora para marginalização da camada mais pobre da sociedade. Desse modo, a gentrificação das áreas urbanas, processo de mudanças de algumas regiões da cidade com a criação de novos serviços e melhorias, impede a permanência das pessoas carentes em determinados ambientes. Nesse sentido, ocorre aumento das ocupações e da população que vive nas ruas. Prova disso é que o Brasil possui um deficit habitacional de sete milhões de residências, segundo Fundação Getúlio Vargas. Além disso, nota-se, ainda, que a questão habitacional afeta à saúde pública. Isso porque muitos prédios ocupados ou favelas possuem estruturas precárias e insalubres e, com isso, o risco de propagação de doenças é enorme. Dessa maneira, a falta de serviços públicos fundamentais, como saneamento básico, acarreta gastos para a saúde. Nesse sentido, segundo Sistema Nacional de Saneamento, 50% das casas brasileiras não possuem esse serviço. Por consequência disso, além da exclusão social a contaminação por doenças, como a leptospirose, são dilemas que essa camada da sociedade sofre continuamente. Fica evidente, portanto, que o próprio contexto econômico e social influencia nessa questão. Em razão disso, o Ministério das Cidades deve garantir moradia digna para a população, por meio de facilidades na aquisição das residências e construção da infraestrutura básica. Tal ação pode ser feita em parceria com empresas privadas da área,em que o orgão governamental possibilite incentivos fiscais a essas empresas, a fim de reduzir o número de pessoas vivendo em condições precárias. Só assim, essa problemática vivenciada por Carolina Maria de Jesus e milhares de brasileiros, hoje, poderá acabar.