Muito se tem discutido sobre o problema dos déficit habitacional no Brasil, país esse que de seus 200 milhões de habitantes, 25% vivem em condições inadequadas, configurando um quadro preocupante, principalmnente pelo fato de que tal problema tem raízes históricas, persistindo por centenas de anos e por vários governos, mostrando que de modo geral, tal déficit não é levado a sério pelos governantes. A necessidade da construção de novas moradias sempre foi grande problema para os governantes, mas tal infortúnio teve sua urgência em um momento específico da história do Brasil. Em 1888, com a aprovação da Lei Áurea, um enorme contingente de ex-escravos foram libertos, e deixados a mercê do destino. A dificuldade para manter-se vivo já era enorme, e não haviam condições de conseguir moradia digna. Daí surgiram os cortiços e favelas, nas periferias dos grandes centros, que existem desde o início do século XX e não passaram por reformas e mudanças significativas para melhoria de suas condições. Dessa forma, fica evidente que o governo raramente toma medidas referentes ao déficit habitacional, e quando as toma não são eficientes. O programa minha casa minha vida, segundo reportagem do Portal Dori, pouco contribuiu com a redução do déficit de habitações entre a população de baixa renda, isso por que o programa se baseava numa linha de crédito setorizada que mesmo a juros baixos não atendia a necessidade da população, isso é, a população não tinha como pagar os empréstimos feitos para a construção das novas moradias. Portanto, o déficit habitacional do Brasil só será superado com o aumento do número de habitações e para que isso aconteça, programas como o Minha Casa Minha Vida tem de ser acompanhados da melhoria do sistema educacional, realizada pelo Governo Federal, a fim de garantir uma melhor formação para os participantes e ,consequentemente, melhores salários para abrir a possibilidade do pagamento dos empréstimos. Tais medidas devem ser realizadas por meio de investimentos estatais na educação.