A constituição de 1988 determina, por meio do artigo 21, que compete à União instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação. Contudo, é nítido o deficit habitacional existente no Brasil e suas consequências, principalmente para a saúde pública. Historicamente, sabe-se que a falta de planejamento da urbanização brasileira instaurou o painel de segregação espacial existente até os dias de hoje. A supervalorização imobiliária de regiões anteriormente desvalorizadas causou a expulsão e marginalização de boa parte da população, processo denominado gentrificação. A partir desse ocorrido, os indivíduos começaram a se instalar em morros e cortiços, moradias que além de não serem reconhecidas pelo governo federal, ainda são discriminadas socialmente. Um dos impactos negativos desse problema habitacional é a proliferação de doenças. Patologias como amebíase e giardíase são comuns nesses locais, já que são transmitidas por meio de cistos do protozoário, ou seja, por meio de água contaminada e pela falta de saneamento básico. Apesar de serem simples, a presença de tais protozooses indicam um ambiente hostil, com alto risco de outras doenças mais complexas. É urgente, dessa forma, que o deficit habitacional seja solucionado. Para isso, os candidatos a presidência devem colocar em pauta a ampliação ou criação de projetos sociais como o Programa Minha Casa, Minha Vida. Políticas como essa dão oportunidade às pessoas que moram em favelas ou comunidades de se mudarem para um ambiente mais seguro e que tenha amparo governamental. Com isso, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida dessas pessoas, além de melhorar o desenvolvimento nacional como um todo.