Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Deficit habitacional no Brasil

Redação enviada em 17/04/2018

Lucinda, personagem da novela "Avenida Brasil", vivia em um depósito de lixo, sem escolha, improvisou a construção de sua moradia por meio dos detritos. O que gostaria de ser? Cidadã, seria a resposta. Provavelmente, essa seria a resposta de milhares de brasileiros reféns do déficit habitacional consequente principalmente da ineficiência e falta de políticas de moradia e da especulação imobiliária. Tornando a necessidade de medidas para solucionar o impasse e garantir a efetivação dos direitos constitucionais dos civis canarinhos. Primeiramente, é válido salientar a importância de políticas habitacionais para a minoração do deficit de moradias no Brasil. Isso porque tais projetos visam o bem estar civil, formação de domicílios para as populações em situação de risco e a concretização dos artigos V e XXI da Constituição de 1988. Milton Santos elucidou a "cidadania mutilada", destacando as condições para aplicar a dignidade humana expropriadas pela globalização, em uma sociedade com total possibilidade de garanti-las. Visivelmente tal realidade á aplicada, já que, mesmo com programas como o "Minha Casa, Minha Vida", segundo dados de 2014 do IBGE mais de 57 milhões de brasileiros vivem em condições inadequadas. Demonstrando a ineficiência das políticas para melhorar a atual crise do setor infraestrutural e resultando em milhares de pessoas em situação de risco, amontoadas em cortiços, favelas ou ruas. Há outro fator intrinsecamente ligado ao déficit habitacional atual: a especulação imobiliária. Fruto do sistema capitalista, os especuladores adquirem espaços urbanos à espera de valorização e acabam obstruindo a construção de novas moradias nos locais centrais. Ocasionando o aumento dos preços de imóveis e aluguéis, que diante do inchaço populacional urbano ocorrido no século XX obriga os cidadãos a viver em domicílios precários e improvisados ou em locais com grande aglomeração de pessoas, além da horizontalização do espaço que tem um custo mais elevado para o Estado. Dessa forma, torna-se necessária uma legislação que limite e fiscalize a atuação de especuladores para que o conceito de ideal político baseado na democracia descrito por Albert Einstein possa ser aplicado, de forma que o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado. Assim, conforme Comte, é necessário ver para prever e prever para prover. Por conseguinte, aliado aos fatos supracitados, percebe-se a gravidade da atual situação habitacional no Brasil e prever sua continuação caso medidas eficientes não sejam aplicadas. Então, o Ministério das Cidades deve ampliar as políticas públicas de moradias por meio da construção de edifícios populares, financiamento com mais facilidade e juros menores destinados aos civis e um programa de acolhimento e reintrodução dos moradores de rua na sociedade, além da parceria com a Defesa Civil para a fiscalização, recolhimento de dados e realocação das pessoa em situação de risco. Só assim, a dignidade humana ressaltada por Milton Santos será aplicada e os indivíduos como Lucinda poderão ter o sentimento de pertencimento na sociedade.