Desde os processos denominados revoluções industriais e a ascensão do capitalismo, o mundo se preocupa mais com os bens materiais do que valores sociais. Nesse contexto, quando se observa a favelização, no Brasil, verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada a realidade do país, seja pelo desiquilíbrio social. Esse problema possui raízes históricas e deve ser combatido. Desde o Romantismo, padrões estéticos e de comportamento, como o modo de se vestir, foram inseridos na sociedade. Indivíduos que não se encaixam no padrão estão sujeitas a sofrer exclusão social. Devido a isso, nas grandes cidades, como, no Rio de Janeiro, é muito frequente encontrar favelas e cortiços. Nesses locais, as pessoas estão sujeitas à condições de moradias precárias, necessitando de uma nova construção civil. Logo, dentro dessa adversidade, é indispensável estabelecer soluções para a carência de moradias qualificadas. Nesse sentido, é válido ressaltar momentos que justifiquem essa situação. Em 2014, de acordo com a Fundação João Pinheiro, havia 11.3 milhões de famílias morando em locais inadequados. Sob esse aspecto, as relações sociais têm se formado com maior fragilidade. Segundo o sociólogo Michel Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que pensam para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros movimentos históricos. Destarte, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para a formação de uma sociedade equilibrada socialmente. Fica claro, portanto, a necessidade de combater as más condições de moradias. Dessa maneira, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, carece de fomentar práticas públicas, tal como a inserção na grade curricular do ensino fundamental os conceitos ética e moral, por meio do engajamento pedagógico, a fim de que seja debatido a respeito dos limites de padrões mantidos pelo Romantismo. Assim, um dia diabolizado essa problemática, o mundo vai se preocupar mais com os valores sociais do que bens materiais.