Muito se discute acerca do problema do déficit habitacional no Brasil. De fato, o fator histórico e a crise educacional são fatores agravantes dessa problemática, tornando a resolução dela necessária. Primeiramente, é importante ressaltar o fator histórico responsável pela realidade onde os escravos, quando libertos pela Lei Áurea, criaram suas habitações precárias, as "favelas", onde essa parcela "inferior" da população se reunia para sobreviver sem o auxílio do Governo. Consequentemente, esse numeroso complexo teve que buscar sua autossuficiência através de furtos, por exemplo, o que apenas agravou o preconceito com essa parte do corpo social, iniciando nesse momento o processo de exclusão dela. Não menos importante, vale destacar a crise educacional por conta do descaso do Governo. O Capitalismo define que a baixa escolaridade gera baixo poder aquisitivo , em sua maioria, e essa parcela - historicamente excluída - não tem à disposição infraestrutura e tampouco aulas adequadamente por causa da escassez de profissionais, dessa forma atribuindo para ela empregos de salários insuficientes que, por consequência, motivam a convivência em ambientes superlotados e insalubres. Em virtude dos fatos supracitados, evidencia-se a necessidade de uma solução. Enquanto essa fração da totalidade social continuar suprimida, o ciclo de violência e ódio causados pela divisão da sociedade insistirá, tornando o sonho da harmonia social de Durkheim inatingível. Como resolução, o Governo Federal deve cumprir com o seu papel e promover maior investimento em programas habitacionais como o "Minha Casa Minha Vida" para que, assim, o bem estar dessa demanda seja garantido, com moradias adequadas conforme o direito humano. Da mesma maneira que o Ministério da Educação, através do FNDE, deve atuar com investimentos na educação pública para, dessa maneira, possibilitar a abertura de portas para um futuro brilhante aos jovens brasileiros que alcançarão seus sonhos e atuarão no crescimento da nação, rumo a sua exaltação com orgulho ao brandar: Sou brasileiro!