No filme " Era o Hotel Cambridge", discute-se a ocupação de prédios privados por "sem-teto" e os entraves enfrentados por estas pessoas. Entretanto, no Brasil, isto é uma realidade: inúmeros indivíduos encontram-se em situação semelhante padecendo da precarização de sua qualidade de vida. Nesta conjectura, é necessário analisar esta contrariedade de modo a propor soluções para dirimi-la. Desde o início dos anos 1960, em que houve grande crescimento demográfico em virtude do aumento das migrações para o território brasileiro e da melhoria da qualidade de vida, ocorre, de fato, um notável déficit habitacional. No entanto, isto decorre em razão do Estado não ter dado a devida importância a esta drástica mudança na conjectura populacional do país e, por consequência, contribuiu para a manutenção do aumento da falta de moradia e de sua infraestrutura necessária (saneamento básico e rede elétrica). Além disto, a Declaração Universal dos Direitos Humanos institui que o direito à moradia é algo que deve ser garantido a todo cidadão, porém esta prerrogativa é suscetível a falhas em razão da ausência de políticas públicas de combate ao problema. Nesta mesma perspectiva, há a carência de discussões acerca do tema em mídias sociais que promovam difusão e visibilidade do tema à população, de modo que seja atribuído ao problema a devida importância. Dado o exposto, para dirimir o problema, é imprescindível que o Ministério dos Direitos Humanos e do Desenvolvimento Social cooperem para a elaboração de políticas públicas de combate ao déficit habitacional como, por exemplo, a restauração e reforma de edifícios abandonados de modo que forneçam moradia àqueles que necessitam. Além disto, é necessário o apoio da mídia como disseminadora de tais iniciativas em jornais e televisão de modo a dar visibilidade do tema à população. Afinal, como dito por Confúcio, não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.