Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 20/10/2018

A gravidez precoce no Brasil, de acordo com dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, está presente em 17,4% das gestantes configurando um dos maiores índices do mundo. Na maioria das vezes, tem origem em uniões conjugais precoces, situações de abuso, violência e banalização do ato sexual. Sendo assim, reflete em consequências sociais, psicológicas e clinicas tanto para a mãe quanto para a criança. Nesse sentido, muitas adolescentes ao descobrirem a gestação, advinda de uma atitude indesejada e não planejada, buscam na família suporte e ponto de apoio, que nem sempre são oferecidos. Por um lado, se tem o conservadorismo familiar dificultando o diálogo entre pais e filhos sobre medidas preventivas da gravidez e do outro, se tem as influências midiáticas, principalmente televisivas de práticas sexuais precoces e inseguras. Dessa forma, muitas adolescentes entram em crises psicológicas, facilitadas pela não consolidação do amadurecimento emocional, desencadeando em abandono escolar, distanciamento social e até mesmo por buscas de práticas abortivas, ilegais no Brasil. Vale lembrar também que é entre os 20 e 22 anos que o organismo humano é considerado apto, por desenvolver condições anatômicas e fisiológicas, para receber plenamente a concepção. Desse modo, a gravidez durante a infância ou adolescência além de levar ao sentimento de “pular etapas” coloca a saúde da mãe e da criança em risco. De fato, a mãe pode apresentar quadros hipertensivos, de anemia, de desnutrição e até mesmo ir ao óbito. Já o bebê, pode apresentar baixo peso ao nascer e ou ser prematuro, o que aumenta a chance de contaminação por algumas doenças oportunistas como a pneumonia podendo ser fatal para a criança. Diante dessa perspectiva, a maternidade precoce no Brasil precisa ser discutida através de medidas educativas familiares e institucionais. Para isso, cabe as famílias conversarem com os filhos diariamente repassando medidas preventivas para o sexo seguro. Nessa mesma proporção, é imprescindível que o Ministério da Educação crie nas escolas brasileiras grupos de apoio para adolescentes gravidas, formados por uma equipe multiprofissional, que semanalmente ofereçam suporte emocional e que oriente as adolescentes e familiares para realização de consulta pré-natal, visando o acompanhamento holístico da mãe, do feto e da sua família.