Segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS), a gravidez prematura significa a gestação de mulheres entre 10 a 20 anos. No Brasil, o número de casos é elevado, principalmente nas regiões em que a população possui baixa renda, como o Nordeste. Tal fato causa regressões tanto de ordem econômica quanto na vida social da gestante. Sob essa ótica, é possível afirmar que a gestação prematura é um fator preocupante no Brasil, uma vez que 14 milhões de crianças, segundo a Organização das Nações Unidas(ONU), nascem dessas gestações. Esse fato acarreta problemas na vida da adolescente e da criança, como, por exemplo, a falta de nutrientes corporais para amamentar o recém-nascido. Além disso, uma consequência comum, é a depressão pós-parto, a qual pode gerar a rejeição à criança, levando ao abandono. Outrossim, abortos propositais é uma realidade crescente, porque o pai da criança que teria que se responsabilizar pela gravidez, abandona a companheira, o que leva à falta de estrutura para criá-la, e medidas como aborto são adotadas. Outrossim, 55% dos nascimentos na região Nordeste são de gestações prematuras, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). Essa realidade é reflexo de uma população de baixa renda e sem estrutura na vida, a qual, em sua maioria, não possui estudo . Sem essa ferramenta, que é essencial para o crescimento da mão de obra qualificada, a economia não se desenvolve e cada vez mais há indivíduos desestruturados, elevando o número de gestações prematuras, o que distancia o casal dos estudos. Portando, é um ciclo socioeconômico ruim que está presente no Brasil, que precisa ser extinguido. A gravidez prematura, portanto, é uma grave realidade socioeconômica enraizada no Brasil. Para que esse problema seja resolvido, é necessário que o Governo, por meio de farmácias, hospitais e pelo Sistema Único de Saúde(SUS), dê acesso à sociedade aos contraceptivos, expondo a forma de uso. Ademais, as escolas devem explicar nas aulas de Sociologia sobre o ruim ciclo socioeconômico exposto acima, e instigar os adolescentes a estudar, se graduar, ter emprego e depois constituir uma família. Além disso, nas aulas de Biologia, é necessário que seja ensinado os riscos da gravidez precoce, tanto à gestante quanto à criança.