Título da redação:

O berço juvenil

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 08/09/2017

“Vem meu ursinho querido, meu 'companheirinho', Ursinho Pimpão”. O trecho da música do Balão Mágico revela o contrário do cotidiano de muitas crianças e adolescentes, que, precocemente deixam seu “ursinho” de lado e passam a assumir uma grande responsabilidade maternal. No entanto, os problemas da maternidade precoce no Brasil são a falta de uma assistência psicológica e educativa, consequentemente, omissão de um futuro melhor para ambos. Sabe-se que quando uma menina engravida necessita de cuidados especiais e de descanso, que, muitas vezes, as deixam afastadas dos estudos; além disso, sofrem em pensar como será sua vida. Contudo, no Brasil, as escolas, por sua vez, não garantem um amparo emocional, apenas oferecem listas de exercícios extraescolares, seguidamente, muitas abandonam os estudos por falta de motivação e qualidade. Porém, segundo a Lei nº13.257 Art.3º o Estado assume como dever de estabelecer políticas, planos, programas e serviços, visando a garantir o desenvolvimento integral da mãe e filho. Dessa forma, a inclusão e o assistencialismo vigente a uma maternidade precoce no Brasil está frágil. Por conseguinte, o futuro das jovens mães e de seus filhos ficam omitidos, uma vez que, sem a base educacional não conseguem garantir um ensino superior e, até mesmo, um bom emprego. Isto posto, a cada dia, aumenta o número de pessoas miseráveis e cresce o número de abandono de menores em casas de parentes, instituições ou em ruas. Conforme o Conselho Tutelar, 8 milhões de crianças são abandonadas em cidades, abrigos ou nas ruas, quase a maioria desse total são oriundos de isentas condições de cuidados na maternidade precoce. Sendo assim, sem garantias de um futuro melhor para jovens mães, o problema se agrava e torna mais sério para o futuro da nação. É evidente, portanto, o necessário e insubstituível envolvimento familiar, através do consolo, do carinho e da ajuda financeira, em que dariam um suporte emocional e econômico. Não se pode deixar de lado, também, o importante papel exercido pelas escolas, que têm a função de preparar e formar, desde a base, crianças para terem um futuro melhor. Isso se daria por intermédio de aulas reservadas para as gestantes, com apoio de psicólogos, a fim de evitar o abandono pelos estudos e garantir uma educação de qualidade. Cabe ainda lembrar no apoio do poder público em garantir o desenvolvimento integral das futuras mães e de seus filhos. Seria viável por meio da criação de clubes e creches, além de planos de saúde, para que tanto as mães quanto os filhos possam aproveitar e garantir seus futuros. Afinal, mesmo deixando sua diversão e seus “ursinhos” de lado, possam desfrutar o melhor da vida de maneira saudável.