Título da redação:

Maternidade extemporânea

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 25/10/2016

A problemática da maternidade precoce, que quase sempre é acidental, acontece por falta de instruções pré e pós o início da gravidez. Como já disse Paulo Freire, a educação muda as pessoas. Oferecer instrução e suporte é fundamental para o enfrentamento eficiente desse obstáculo. Cada ser humano tem um DNA ímpar, não obstante, a composição desse ácido desoxirribonucleico é herdada em 50% de cada um dos pais. Essa simetria também deve refletir nas responsabilidades para com o bebê. Apesar do exposto, geralmente as mães adolescentes que são crucificadas por uma sociedade machista que atribui a ela inúmeros codinomes vulgares, ofensivos e preconceituosos, que por vezes levam as mulheres sentirem-se culpadas pela gravidez indesejada, podendo levar a depressão e, em alguns casos, a procura de clínicas clandestinas para aborto. Destarte, a conjuntura desses fatores elevam ainda mais o risco de morte e sérias complicações a saúde da mulher. Além dos problemas após a gravidez já consumida, é necessário atentar-se aos problemas que levam à gestação extemporânea. O crescimento vegetativo sofreu uma explosão nas décadas de 50, com o início da industrialização, entretanto, entre a metade do século XX até o terceiro quinquênio do século XXI o número vem caindo enquanto o IDH e os níveis de educação vão subindo, porque com maiores possibilidades e oportunidades de ensino e mercado de trabalho as mulheres, usualmente, preferem primordialmente conquistar uma posição estável e confortável socioeconomicamente, para apenas depois gerar filhos. Entre os estados brasileiros, dos dez primeiros colocados em porcentagem de partos de meninas entre 10 e 19 anos, nenhum figura entre os primeiros colocados em educação (segundo o Ideb 2015) e isso não ocorre por acaso, pois há uma relação entre nível educacional e número de gravidez. Para combater essa dificuldade da maternidade antecipada, o Ministério da Educação deve trabalhar, de forma mais intensa e frequente, na educação e orientação sexual nas escolas, desde o ensino fundamental. Ficará sob a responsabilidade dos Ministérios da Saúde e da Comunicação, em parceria com as Mídias Nacionais, o dever de produzir e divulgar propagandas apelativas sobre os riscos e consequências de uma gestação precoce. Caberá ao Ministério da Saúde oferecer aporte psicológico individual, sobretudo nas escolas, para ao menos um atendimento anual que visará tratar sobre o momento de cada pessoa ter sua vida sexual ativa e instigar sua própria reflexão sobre o assunto.