Infelizmente, inúmeras jovens têm os sonhos interrompidos ou complicações na saúde devido à gravidez indesejada. Sabe-se que o Brasil subiu na lista de meninas que engravidam na adolescência, equiparando-se aos países onde o casamento nessa faixa etária é culturalmente incentivado. Esse quadro não deve ser banalizado porque se trata de um problema social. De fato, meninas vivem a experiência de ser mãe cada vez mais cedo, principalmente, aquelas com menor condição financeira e moradoras de regiões menos desenvolvidas socioeconomicamente. Assim, a época destinada ao lazer, formação psicológica e estudantil é violada. É importante salientar que os motivos da maternidade precoce vão desde a falta de informação sobre o uso de métodos contraceptivos, falta de diálogo na família e escola ou até a ideia de conseguir algum benefício com esse momento. Outro aspecto relevante, é que muitos rapazes escapam de assumir a paternidade. Na música Cinderela do grupo Ao Cubo é possível encontrar o trecho: “Fui abandonada com barriga, que vergonha. “ Nesse sentido, muitas garotas abandonam os estudos, desenvolvem depressão, enfrentam críticas do ciclo social ao qual pertencem ou optam pelo aborto e são subjugadas às clínicas clandestinas com pouca higiene e realizadoras de métodos invasivos e traumáticos. Em suma, a problemática da gravidez na adolescência é inegável. Afim de atenuá-la, as ONGs podem divulgar nas redes sociais, a realização de palestras com intuito de instruir pais e professores sobre como ensinar e conversar sobre sexo. Como diria Paulo Freire, se a educação sozinha não muda a sociedade. Tampouco sem ela. Ademais, a comunidade pode reivindicar à prefeitura, por meio de um abaixo-assinado, a criação de mais espaços que ofereçam esporte e diversão para os adolescentes. Dessa forma, falar sobre sexo sem preconceito será mais fácil, o direito de brincar e estudar será garantido e a prevenção atenuará o aborto.