Título da redação:

Jovens desamparados

Proposta: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 13/12/2016

Cuidar da aparência, dormir bem, estudar e crescer profissionalmente são alguns afazeres que milhares de adolescentes deixam de fazer por ficarem grávidas precocemente. A situação é alarmante, pois, de acordo com a Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção, cerca de 235 mil gestações não planejadas de mulheres jovens ocorrem por ano, fazendo-se necessária a elaboração de medidas para resolver esse problema. Em primeiro lugar, há uma maior probabilidade das jovens gestantes terem complicações na gravidez em razão do pouco preparo físico e mental, visto que não concluíram os estudos básicos, a grande maioria não está estável financeiramente e seus corpos não apresentam maturidade física para amparar uma gravidez saudável. Além disso, a responsabilidade da gravidez traz aos pais jovens uma inserção social ruim, uma vez que há a necessidade de terem as responsabilidades de pais, como trabalhar, cuidar e dar carinho a seu filho em uma idade em que eram para estar crescendo profissionalmente. Em segundo lugar, a falta de cuidados sociais, como a pouca atenção dos pais, das escolas e dos órgãos de saúde aos adolescentes, eleva o número de gravidez precoce. Conforme a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) 2012, a iniciação sexual entre 13 e 15 anos representa 28,7% desse grupo, o que por falta de informação e prevenção pode ocasionar gravidezes. Nesse contexto, seguindo o dito do líder Gandhi: “O futuro depende do que fazemos agora”, faz-se necessário, portanto, a ação de interventores informativos e preventivos na vida sexual dos adolescentes. Sendo assim, o Ministério da Saúde precisa contratar especialistas em obstetrícia, urologia e ginecologia para acompanhar, regularmente, os jovens e aconselhá-los nos cuidados necessários para evitar a gravidez. Igualmente, o Ministério das Comunicações deve investir em campanhas midiáticas a fim de alertar a população sobre a gravidez precoce. Consecutivamente, o Ministério da Educação precisa criar aulas que tratem sobre sexualidade na adolescência e suas complicações sociais. Com essas ações, o futuro dos adolescentes poderá ser bem mais saudável e promissor.