Título da redação:

Gravidez precoce: Nasce um problema?

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 14/11/2016

Apesar dos avanços tragos pela modernidade, uma problemática antiga retorna a sociedade brasileira, suscitando uma série de reflexões: A gravidez precoce. Antiga pelo fato desta ter sido muito comum e corriqueira nos tempos remotos, em que ainda não havia a variedade de métodos contraceptivos que abundam atualmente, o que leva ao questionamento do porquê deste fenômeno ter voltado a existir com tamanha voracidade no mundo de vastas informações de hoje. É fato que, com o enorme número de casos que estampam as estatísticas agora, em nosso século, este fator volta a ganhar um caráter de naturalidade. Caráter este muito preocupante, uma vez que existe o conhecimento dos graves riscos ocasionados pela gravidez precoce. Os riscos podem ser classificados pelos âmbitos biológico e social. O primeiro advém do fato do corpo adolescente não estar preparado para resguardar um outro ser, e sequer ter o sistema reprodutor totalmente desenvolvido para a reprodução, levando muitas vezes ao aborto – grave problema de saúde pública. O segundo é caracterizado pelos frequentes problemas sociais que estão intimamente ligadas ao fenômeno da gravidez precoce, como o abandono de vulnerável, a superlotação de centros de adoção, que muitas vezes não estão preparados para receber a demanda ou acolhem com precariedade, ou a criação do recém nascido pela própria mãe, que ainda não possui estabilidade emocional, e, na maior parte dos casos, financeira, para tanto. Dados estes fatores, o Brasil deve assumir uma postura emergencial para abrandar as consequências negativas desta causa tão recorrente. Em um primeiro momento, devem-se reforçar as campanhas do Ministério de Saúde aliado à mídia e outros meios de comunicação, fornecendo informações mais acessíveis e de fácil entendimento, de modo que atinja mais diretamente o público juvenil, conscientizando-o das causas e consequências dos atos que desembocam nessa ocorrência. Outra medida radical, porém efetiva, seria a adoção de políticas de controle de natalidade, como as que vigoram em países de primeiro mundo, desta vez voltada para a concepção em adolescentes. Assim é possível – pelo menos em parte, solucionar este problema que hoje conserva-se em nosso país.