Título da redação:

Gravidez precoce como fruto da ignorância

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 22/10/2016

É considerada gravidez precoce toda aquela que se faz entre os 10 e 19 anos, pois estudos apontam que o corpo da mulher está pronto para gerar vida apenas a partir dos 20, momento em que seu organismo atinge maturidade suficiente. Considera-se ainda que a gravidez estabelecida nesse quesito tem sido um dos maiores problemas encontrados na saúde básica do país, podendo assim correlaciona-la diretamente às questões socioeconômicas. De fato, estabelecer essa relação só se efetuou após anos de análise às situações em que uma mulher grávida de forma extemporânea se encontra. A nota mais recente foi publicada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), no início do ano de 2016, em que foram registradas pelo menos 235 mil gravidezes não planejadas no país e apresentando um elevado número nas regiões Norte e Nordeste, sendo o Pará o ocupante do 1º lugar, aproximadamente 32 mil. Em decorrência disso, pode-se finalmente discutir os problemas da gravidez precoce no Brasil, que além de muitas vezes gerar uma criança com má formação, ainda implica na parada dos estudos e da busca por uma situação financeira estável para que a mãe, juntamente com o pai, consiga dar uma boa condição de vida ao filho, desde a saúde, como educação e segurança de qualidade. Fica evidente, portanto, a razão para a correlação feita entre situação econômica e informação adquirida com a gestação antecipada, pois, infelizmente, sabe-se que as regiões citadas anteriormente se encontram em situação precária ao que se diz respeito às questões socioeconômicas e à informação. Logo, cabe ao Ministério da Saúde a busca pelo desenvolvimento de métodos contraceptivos mais eficazes, uma vez que apesar de o SUS fornecer muitos deles, a eficácia não ser de 100% em todos os casos. Além disso, faz-se necessária a reeducação da população quanto ao sexo sem prevenção e demonstração dos problemas decorrentes de uma gestação não planejada, feitas por meio de campanhas e palestras em escolas, onde a maioria dos jovens se encontra. Ainda, vale salientar a importância do diálogo familiar, sendo este o primeiro contato dos filhos quanto à educação e orientação sexual.