Título da redação:

Gravidez na adolescência, problema de cunho social.

Proposta: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 31/10/2016

A gravidez precoce (que ocorre entre os 10 e os 19 anos segundo a Organização Mundial de Saúde) revela-se uma preocupante mazela social, tendo em vista que acarreta na formação de famílias desestruturadas, bem como acaba por tornar-se um entrave na busca pela igualdade entre os gêneros, evidenciando a necessidade de corrigi-la. Os processos de gestação e formação de família carregam uma enorme carga de complexidade e exigem igual nível de maturidade e organização por parte dos pais, tendo em vista que crianças e adolescentes são de sua completa e total dependência nos primeiros anos de vida. No entanto, a maternidade/paternidade precoces causam profundas crises na estrutura familiar, na medida em que formam famílias desestruturadas, compostas em sua maioria por adolescentes com histórico de evasão escolar e pouca ou nenhuma chance de mobilidade social, sendo reféns de subempregos e programas sociais, e não raras vezes optam por realizar atividades ilegais em troca de maior remuneração. Nesse contexto de famílias desestruturadas, a mulher torna-se a principal vitima, pois historicamente lhe cabe o ambiente doméstico e as responsabilidades perante a criação dos filhos, com poucas chances de aprimoramento educacional e profissional. Além do aprisionamento familiar, inúmeras adolescentes optam pelo aborto clandestino como forma de evitar maiores problemas, correndo sérios riscos de vida. Logo, na medida em que se revela um problema que afeta sistematicamente a sociedade, com danos maiores sobretudo as mulheres, evidencia-se portando a necessidade de correção da maternidade precoce como mazela social. Dessa forma, para garantir uma redução efetiva na incidência de casos de gravidez precoce, faz-se necessário o comprometimento do Poder Público, sobretudo do Ministério da Saúde, em incentivar campanhas à favor do sexo seguro e do uso de preservativos/anticoncepcionais por parte da população jovem, bem como ampliar a disponibilidade dos mesmo de forma gratuita na rede pública de saúde. A atuação de ONG's em escolas e centros comunitários sobre os riscos e problemas gerados pela gravidez na adolescência também revela-se uma importante ferramenta no combate à essa perigosa realidade. Por conseguinte, veremos uma nação com menos famílias desestruturadas e mais participação feminina nos diferentes setores da mesma, beneficiando a sociedade como um todo.