A maternidade precoce não é um problema atual do Brasil. Embora os avanços dos métodos contraceptivos como a camisinha e pílula anticoncepcional tenham progredido juntamente com o acesso à informação, o índice de adolescentes grávidas é alarmante no país, promovendo dificuldades na vida das mesmas e consequências físicas, mentais e econômicas. É fato que o corpo de uma jovem abaixo de 19 anos não está preparado totalmente para desenvolver um feto, sem condições de dar os nutrientes necessários, pode também ocasionar um aborto espontâneo. No entanto, além de fatores fisiológicos, o psicológico das meninas são abalados uma vez que ganham autonomia rapidamente na passagem pra vida adulta trazendo muitas responsabilidades, prejudicando o desenvolvimento escolar e a inserção das jovens mães no mercado de trabalho. O maior índice de adolescentes grávidas se encontra nas classes sociais mais pobres, que ao ser mães ganham falta de perspectiva de ascensão social e perpetuação na pobreza. Contudo, o problema está longe de ser solucionado enquanto houver restrições nas relações familiares ao falar de sexualidade, fazendo que os jovens não ganhem o devido conhecimento sobre o assunto, não sejam instruídos para a realidade sexual desconhecendo os seus limites e a maneira de manipular o uso de métodos contraceptivos com eficiência. Muitos jovens com medo da reação dos familiares ao falar do assunto, acabam não perguntando e assim perdem parte da responsabilidade que poderia ser adquirida caso os pais repassassem suas experiências e conhecimentos aos filhos. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Como já disse o filósofo Immanuel Kant: '' O ser humano é aquilo que a educação faz dele'' dessa forma o MEC deve promover palestras nas escolas para aprofundar os conhecimentos dos jovens sobre riscos de uma gravidez precoce, DST'S, e maneiras de se prevenir. O governo pode estabelecer parcerias público-privadas com as mídias para disseminar conteúdo sobre sexualidade afim de que se torne um assunto mais comum. Por fim, cabe aos pais estimular seus filhos para serem indivíduos responsáveis e com consciência, toda a instrução é válida na tentativa de amenizar os casos e impactos de vidas inesperadas e não planejadas.