Título da redação:

Escola e maternidade andam juntas

Proposta: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 28/10/2016

De acordo com dados divulgados pelo Fundo de População das Nações Unidas, UNFPA, o índice brasileiro de gravidez precoce, mesmo constante nos últimos anos, é considerado elevado, o que serve como um alerta para mais políticas públicas quanto ao tema. No Brasil, a educação sobre a saúde sexual e reprodutiva é dever das escolas públicas e privadas, entretanto, em áreas rurais e comunidades periféricas, carentes de educação básica, o número de jovens grávidas é preocupante. Por isso, medidas cuja finalidade seja, ao menos, reduzir a taxa de gravidez na adolescência são essenciais. Primeiramente, em um passado não distante, a ideia de casar novas, procriar e cuidar da casa dada às mulheres foi duramente combatida através da educação, da urbanização e da conquista feminina do mercado de trabalho. O papel das escolas, além de informar os métodos contraceptivos e possibilitar um maior mercado de trabalho, é fundamental por estimular o empoderamento feminino de jovens em decisões que afetam suas vidas no futuro, o que como uma das consequências, diminui o número de gravidez precoce. Em segundo lugar, é fundamental assegurar os direitos constitucionais e as devidas proteções oferecidas às crianças e aos adolescentes. Informações do Ministério da Saúde mostram que mais de 500 milhões de reais, gasto pela União, são investidos na assistência médica das gestantes com menos de 20 anos. Esses gastos, pagos pelos brasileiros, poderiam ser evitados pelo maior engajamento do Governo Federal em garantir escolas com ensino básico em regiões carentes de ensino, erradicar o analfabetismo, combater a desigualdade e a exclusão social, uma vez que, jovens conscientes prezam pela proteção e segurança no ato sexual. Portando, é preciso políticas públicas e campanhas federais para reduzir o número de gravidez na adolescência. Uma boa medida feita pelo Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Saúde, é promover campanhas socioeducativas nas regiões onde o número de jovens grávidas é alto, como em algumas comunidades periféricas e nas áreas rurais do Norte e do Nordeste brasileiro. Essas campanhas, além de disponibilizar camisinhas, devem educar e conscientizar a importância para a saúde física e emocional evitar a gravidez antes dos 20 anos. Ademais, os jovens são o alicerce do desenvolvimento de um país, por isso, devem ter seus direitos assegurados pelo judiciário, legislativo e pela sociedade.