Título da redação:

É preciso repensar o tabu da educação sexual

Proposta: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 06/03/2017

De acordo com a OMS, 20 anos é a faixa mínima ideal para a primeira gravidez, mas no Brasil, assim como em outros países, adolescentes (faixa entre 10 e 19 anos) tem se tornado mães. Estima-se que 20% das crianças nascidas a cada ano, sejam filhas dessas meninas, que muitas vezes por falta de acesso à informação, falta de comunicação aberta com a família, ou até casos de violência sexual, acabam perdendo a parte final da infância e se tornando responsáveis por outra vida. A gravidez precoce está associada a alguns perigos, pois o corpo não está totalmente preparado para gerar um bebê, as meninas antes dos 18 anos, normalmente escondem a gravidez até pelo menos o segundo trimestre, impossibilitando um acompanhamento pré-natal desde o descobrimento da gestação, e, antes dos 15 anos, os riscos de má formação do feto são maiores. Como citado, muitos podem ser os causadores da gravidez precoce, a falta educação sexual nas escolas, associado ao excesso de informações eróticas apresentados pela mídia e a falta de diálogo entre as crianças e seus pais sobre sexo. Apesar de condenado, o problema principal não é o fato de crianças estarem iniciando suas vidas sexuais cada vez mais cedo, mas sim estarem desacompanhadas das orientações de seus familiares e, muitas vezes, terem relações sem consciência das consequências e de como se protegerem não só de uma possível gravidez, como de "DST's". Sexo ainda é tabu. Em escolas, o máximo que se aprende é: "use camisinha", mas não se ensina como usar, não diz quando usar, a frase é utilizada como um desencargo de consciência, e é voltada para adolescentes no ensino médio, ou seja, adolescentes de 14 anos ou mais, apesar de vivermos num país em que crianças de 10 anos já são mães. O caminho para a redução dessa porcentagem ainda alta de crianças dando luz a crianças, é, além de campanhas, como já estão sendo feitas, a implementação da educação sexual em escolas, ou seja, ensinar às crianças como se protegerem, os perigos do sexo e do sexo desprotegido, as consequências da irresponsabilidade e imprudência, pois se antes o argumento era que as crianças iriam aprender cada vez mais cedo sobre transar, hoje, as crianças aprendem precocemente e de forma errada através da internet.