Gravidez na adolescência é um constante problema na sociedade, justamente pela faixa etária sem estrutura financeira, tendem a depender diretamente da renda familiar. Estatísticas divulgadas pelo IBGE, revelam o aumento relativo de gestações precoce, cujas mães eram pertencentes a classe baixa, dando origem ao abandono escolar, atingindo seu futuro profissional. Segundo estudos realizados por três alunos da UERJ, a gravidez indesejada é concebida por um problema de saúde pública, que pode ser evidenciado pela falta de educação sexual e pelo errôneo de métodos contraceptivos. Uma pesquisa descritiva com 12 adolescentes grávidas realizada em Jucás-Ceará, aponta que a reação dos pais e o baixo nível socioeconômico, são determinantes da não aceitação da gestação, corroborando o fato de que a maternidade precoce vem sendo um frequente alvo de discriminação, dado que, não é uma posição socialmente aceitável, implicando em impasses familiares e sociais. Dessa forma, de acordo com os dados supracitados, podemos inferir com base na afirmação de Carmem Barroso, assessora da ONU, de que a descriminalização do aborto resultou na redução do número de abortos e da mortalidade materna, cabe aos integrantes da Constituição Federal repensar na possibilidade de legalização do aborto no Brasil, como solução viável para o decrescimento de gravidezes indesejáveis. Ongs, escolas e familiares por sua vez, devem trabalhar juntos em prol de um efetivo planejamento familiar e orientação sexual, promovendo palestras, publicidade, ciberativismo, diálogos pessoais, e outros, configurando um maior conhecimento, afim de evitar a proliferação dos demais equívocos. assim, logo que fundamentado, o problema poderá ser amenizado.