A problemática da maternidade precoce é um assunto em pauta na sociedade brasileira. O índice de jovens gestantes mostra-se alto no país, onde chega à cerca de 20 em cada 100 partos. Esse problema, que aparece com maior frequência nas classes de baixa renda das regiões com os menores Índices de Desenvolvimento Humano nacionais, muito se deve à falta de instrução e assistência aos jovens. A questão da gestação precoce se mostra mais presente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde os níveis educacionais são mais baixos quando comparados às regiões Sul e Sudeste. Esse déficit educacional limita o conhecimento dos jovens sobre a importância do uso de preservativos. Ademais, por ser uma gravidez não planejada, a criança nasce e cresce sem o devido apoio familiar, ou seja, sem as instruções ideais dos pais e de uma boa instituição de ensino. Essa falta de conhecimento faz com que esses jovens se deixem levar pela busca do prazer, ou seja, pelo "Id", conceito criado pelo médico neurologista, Sigmund Freud, para designar o espaço mais instintivo da mente humana, guiado pelas pulsões psicológicas. Todavia, caso essa busca pelo prazer resulte em uma gestação precoce, a falta de uma estrutura anatômica adequada para abrigar o embrião, pode levar a complicações durante a gravidez, como má formação fetal e até aborto espontâneo. Visto a problemática decorrente da maternidade precoce, torna-se de suma importância a criação de um programa de conscientização destinado à população jovem, sobre as implicações de uma gestação prematura e a importância do uso de preservativos. Programa esse que pode ser implantado pelo Ministério da Saúde. Além disso, com a atuação do Ministério da Educação , esse projeto pode ser levado às instituições de ensino, através de cartilhas educativas, de modo à consolidar a conscientização jovem.