Título da redação:

Adolescentes perecem por falta de conhecimento

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 22/10/2016

Em meados do século XX ainda era normal a maternidade precoce, desde que a mãe jovem fosse casada, pois essa situação caracterizava responsabilidade e crescimento de uma nova família. Embora a gravidez precoce seja ruim, a sociedade a critica com base nesse antigo paradigma, o qual marginaliza as mães solteiras, quando, na realidade, o problema está na falta de preparação biológica e, na maioria das vezes, psicológica e social das moças. De acordo com um ranking de gestações de meninas entre 10 e 19 anos no Brasil, divulgado pela Febrasgo, a maioria dos estados que ocupam as dez primeiras colocações localizam-se na região Norte, a mais pobre do país. Por conta disso, é possível afirmar que a não prevenção dessas gravidezes está relacionada ao menor e mais difícil acesso à educação. Muitas vezes há a informação, todavia a falta de conhecimento químico e biológico leva a crer que falíveis métodos, como o coito interrompido, resolvem. Além de tudo, adolescentes de baixa renda estão mais suscetíveis a terem prejuízos na vida pessoal, tendo em vista que, normalmente, abandonam os estudos pois não têm condições de pagar alguém para cuidar do bebê, tendo de fazê-lo por si mesmas. Entretanto, algumas consequências são universais: hoje, a medicina considera a gravidez na adolescência arriscada à vida da mãe e do filho, o qual tem mais chances de nascer com problemas de saúde e mal formado. Fica claro, portanto, a necessidade da difusão do conhecimento fisiológico sexual aprofundado para os jovens, através de ONGs que devem promover palestras gratuitas, principalmente às comunidades carentes, aliada ao financiamento de voluntários da sociedade que são esclarecidos da importância dessa ação.