Conforme o monarca e filósofo Salomão em seu livro Eclesiastes, existe um tempo para cada etapa da vida. Dessa forma, infere-se que o ser humano deve conhecer qual estágio está e sua importância ao longo da vida. Contudo, no Brasil, adolescentes sem o mínimo de preparo físico e mental estão se tornando mães e pais. Tal dilema é fruto, principalmente, da falta de metodologias de ensino que visem ajudar os púberes e a falta de colaboração da sociedade. A o longo da formação escolar, o ensino sexual é menosprezado, pois, sua abordagem causa constrangimento, tanto para professores, quanto aos alunos. Ocasionando, dentre outros, o desconhecimento, do jovem, sobres os riscos de contrair DSTs(Doenças Sexualmente Transmissíveis), prejuízos ao corpo feminino que não está com formação óssea, endócrina e, acima de tudo, psicológica totalmente estável para abrigar um bebê. Por conseguinte, pode gerar a má formação do feto e complicações no parto levando, em ultimo caso, a morte tanto da mãe quanto do filho. Além disso, a instituição familiar, na maioria dos casos, não se dispõe a dirimir dúvidas dos filhos em crescimento, haja vista que considera o tema pouco atraente para debater-se. Nessa perspectiva, o indivíduo em formação acaba absorvendo informações distorcidas sobre o ato sexual e seu próprio corpo, uma vez que o adolescente apresenta grande necessidade de aprendizado sobre si e seu futuro parceiro(a). Em suma, o problema está na dificuldade de quebrar-se tabus sobre o diálogo com vista ao sexo. Para resolver os problemas supracitados poder-se-ia em parceria com o Ministério da Educação e teóricos da área estabelecerem na emenda curricular dos alunos, do 7ª ano ao término do ensino médio, o ensino sexual nas aulas de biologia e sociologia com crescente aprofundamento a cada série e com adoção de avaliação. Como também a capacitação dos docentes para abordarem o tema e acompanhamento de psicólogos que avalie e discuta a questão com os pubescentes. Soma-se a isso a veiculação de propagandas na tv sobre a importância do diálogo dentro do seio familiar e a criação de um portal federal, na internet, com profissionais para atender as perguntas e disponibilizar conteúdos educativos. Afinal, como disse Paulo Freire, a educação é a prática da liberdade.