A maternidade precoce é oficialmente considerada tal quando ocorre em meninas entre 10 e 19 anos. No Brasil, ela está entrelaçada a diversos outros problemas sociais e se sobressai de forma negativa por ser um risco a saúde e interferir nos direitos das mulheres definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Primeiramente, é importante ressaltar que de acordo com a Organização Mundial de Saúde o maior índice de gravidez precoce se encontra, em nosso país, nas classes mais pobres. Isso está diretamente relacionado a uma falta de recursos e uma educação sexual precária que resultam em jovens desprotegidos e desinformados. O que não só aumenta o número de adolescentes gravidas como também auxilia na proliferação de doenças sexualmente transmitidas como a AIDS. Além disso, segundo especialistas as mulheres não possuem o corpo totalmente preparado para serem mães antes dos 20 anos. O prejuízo que isso pode levar a saúde não é o único fator preocupante. Há meninas gestantes que possuem seus direitos roubados, representando um retrocesso na luta pela igualdade. Por decorrência dessa gestação pôr em risco a vida e inibir a educação e o desenvolvimento profissional. Logo, é necessária uma maior mobilização governamental que ponha em pratica medidas para evitar que esses casos ocorram, acatando propostas como a da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção que sugere a ampliação dos métodos contraceptivos no Sistema Único de Saúde (SUS), e investindo em campanhas educacionais transmitidas pelas escolas, redes sociais e mídias. Cabe ao governo também a responsabilidade de fornecer um maior amparo as jovens mães por meio de auxílio mensal financeiro de no mínimo um salário mínimo e a abertura de mais creches públicas para que tenham a possibilidade de sustentar o bebê e continuar seus estudos.