Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 29/12/2017

É inquestionável que a gramática promove certa organização a língua. Contudo, ter a norma padrão como verdade absoluta é um grande equívoco, pois a língua acima de tudo é fruto da cultura e dos indivíduos de cada região que buscam uma comunicação mais proficiente. Nesse contexto, o preconceito linguístico denota um atentado a cultura e identidade nacional, além de ser fruto da coerção das classes dominantes sobre as menos favorecidas. Segundo o filólogo Marcos Bagno, o brasileiro não sabe português, pois só em Portugal se fala bem português. Desse modo, as interações entre nossos colonizadores e colonizados por volta do século XVI criaram novos vocabulários e modos de comunicação e nesse período o Brasil não possuía uma língua oficial, quando a elite brasileira começou a tentar padronizar a maneira de se comunicar surgiu o primeiro atentado à nossa cultura linguística. Como prova disso, segundo a professora Biderman, a língua é responsável por transmitir aspectos de vida, crenças e valores de uma sociedade. Aliás, esses atentados são bastantes comuns em escolas e em redes sociais, em que as pessoas criticam o que foram instruídas a ver como erro. Convém lembrar que a comunicação é bastante dinâmica a todo momento novas palavras são criadas para facilitar a comunicação entre determinados grupos um exemplo são as palavras nas redes sociais como hiperlink e stalker. Entretanto, quando falamos sobre Nordestinos e outros grupos menos favorecidos sempre vemos seu modo de comunicação como inadequado. Isso é resultado, do poder de coerção que a norma estabelecida pela elite, resultando na perda de vários elementos que fazem parte de nossa história. Conclui-se, portanto, que medidas devem ser todas para evitar a perda de nossa cultura linguística. Primeiramente, cabe ao Poder Executivo em conjunto com o Ministério da Educação criar campanhas publicitárias nas escolas e na mídia através de palestras, cartazes e filmes mostrando a diversidade linguística presente no Brasil, levando a conscientização que a diversidade linguística é algo natural e essencial, somado a treinamentos aos professores para lidar com a diversidade nas escolas. Com isso os brasileiros desde sua infância irão compreender os fenômenos linguísticos e respeitar a diversidade no modo de se comunicar.