Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 27/12/2017

Como afirmou Marcos Bagno em seu livro “Preconceito linguístico”, a unidade linguística do Brasil é um mito, que impede o reconhecimento da verdadeira diversidade do português brasileiro. E essa Inaceitabilidade pode gerar estranhamento e exclusão causando não somente o preconceito linguístico, mas também o cultural. Essa variabilidade linguística, que deveria ser motivo de orgulho de um povo com uma história de misturas culturais e linguísticas tão ricas como a do Brasil, se tornou base, como muitas outras “diferenças”, de exclusão, estranhamento e repúdio. Nacionalmente esta indisposição se dá a quem não se adequa a norma padrão da língua portuguesa e regionalmente as variações linguísticas, que muitas vezes fogem a forma denominada culta, expressões essas que, mesmo carregadas de igual significado, levam consigo a diferença histórica e cultural de sua origem, como a palavra “mandioca” e sua variação “aipim”. Nesse sentido a negação da forma adaptativa da língua é também a negação da história de formação do país, em que junto ao português europeu, trazemos conosco a linguagem africana, indígena, asiática somadas ao latim chamado em sua época, “vulgar”. E se nossa língua mãe, como outras línguas tem como origem uma linguagem popular, o que nos dá o direito de constranger que se comunica de forma diferente de nós, sendo que como uma “metamorfose” a língua que deu-nos vocábulos, como “você”, advindo de “vossa mercê”, logo poderá ser novamente alterada por adaptabilidade de uso. Dessa forma o conhecimento básico da história cultural se torna extremamente necessária ao reconhecimento da nossa identidade cultural. Assim é de responsabilidade da escola, (que é muitas vezes o único acesso a educação que alguns brasileiros têm), a disponibilização e incentivo ao consumo de literaturas de outras culturas diferentes de seu estado que de outro modo esses alunos dificilmente teriam acesso.