Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 15/12/2017

Os autores do modernismo, principalmente da primeira e terceira fase, buscaram a valorização da cultura brasileira através da escrita, dando destaque, por exemplo, a linguagem oral, a fim de aproximar-se mais da realidade. Entretanto, parece que apesar do esforço desses autores em retratar as multifaces do Brasil, o preconceito linguístico ainda persiste devido tanto a estereótipos quanto a inferiorização sofrida por algumas regiões. Segundo o sociólogo Erving Goffman, estigma social é uma marca ou generalização pela qual determinados grupos são submetidos. Dessa forma, indivíduos que fazem uso de gírias ou tem um sotaque típico são automaticamente julgados. Cabe citar, por exemplo, o sotaque paulista, que é motivo de piada em várias regiões por assemelhar-se ao sotaque sertanejo. Nesse caso há um duplo preconceito: inferiorização do modo de falar paulista e do dialeto de pessoas do campo. Além disso, é válido lembrar que alguns dialetos são discriminados por sua origem. Assim, os nordestinos, por morarem em uma região que foi explorada durante o ciclo da cana-de-açucar e, posteriormente, negligenciada, tendo hoje baixos níveis de desenvolvimento econômico e social, são subjugados, supostamente, por seu modo de falar, quando, na verdade, essa discriminação que sofrem tem raízes mais profundas. Evidencia-se, portanto, que medidas são necessárias com o intuito de elucidar a situação. Para isso torna-se imperativo que o Poder Legislativo, elabore políticas públicas, por meio de liberação de verbas a municípios, que visem promover maior preparo dos professores a lidar com diferenças culturais e valorização destas. Ademais, influenciadores midiáticos devem divulgar a causa por meio de vídeos e filmes, uma vez que, parafraseando Chomsky, o Estado não é agente moral, as pessoas são. Somente assim os indivíduos deixarão de ser estigmatizados e os autores modernistas serão honrados.