Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 13/12/2017

Nascer, crescer e aprender a comunicar-se de modo que se alcance a inclusão social em um determinado ambiente, cidade, estado nunca foi um processo tão questionador como nos dias atuais. Todos os dias, no Brasil, a variação linguística entre os cidadãos resulta em preconceitos no modo de falar e expressar. O preconceito linguístico é um fenômeno ideológico cultural inerente à cultura social brasileira, prática essa que deve ser combatida na escola, pois produz no sujeito-vítima complexos de inferioridade e exclusão social. Em uma primeira análise, sob ótica psicológica, o preconceito linguístico possui estreita relação com o aumento de pessoas que se vêem inferiores às outras. Essa correlação decorre do fato de que em ambientes escolares, na rua ou em casa, muitas são as pessoas corrigidas ao se expressarem do seu modo ou como aprenderam nos ambientes vividos ao longo da vida. Nesse sentido, a premissa ideológica de Marcos Bagno afirma que o preconceito linguístico faz com que os indivíduos se sintam humilhados ou intimidados com a possibilidade de cometerem erros de português. Desse modo, é imprescindível a conscientização da população brasileira sobre as diferentes realidades comunicativas e o dever de respeitá-las. Em um segundo plano, a discriminação acerca da variação linguística é capaz de gerar a exclusão social de uma maioria. Essa realidade brasileira pode ser explicada pela associação automática feita entre o modo que se fala e a importância social de determinada pessoa cuja norma culta da língua pode estar sendo utilizada ou não. Nessa perspectiva, Maurício de Souza, ao trabalhar as variações linguísticas, faz uso do personagem Chico Bento com o objetivo de demonstrar a linguagem utilizada em determinada região e o erro das escolas ao não enfatizarem a inexistência de modo correto de fala, e sim mais adequado para cada situação. Dessa maneira, as escolas e seus respectivos métodos de ensino devem ser constantemente renovados e avaliados. O complexo de inferioridade e a exclusão social são, portanto, consequências conduzidas às vítimas de preconceito linguístico. Com o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre a necessidade de aceitação das variedades linguísticas, o Poder Executivo Federal, sob forma de Ministério da Educação, deve desenvolver políticas de conscientização social, a partir de palestras em escolas, praças públicas, teatros com ingresso gratuito e massificação, por meio de subsídios fornecidos pelo Estado. Assim, redesenhar-se-á um futuro em que o modo de expressão característico de diferentes lugares não interferirá na vida em comunidade.