Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 29/11/2017

A língua é um elemento contribuinte para a formação da identidade de um país. Entretanto, no Brasil, a existência de uma diversidade linguística gera uma exclusão daquelas pessoas que não falam conforme a gramática normativa. Nesse contexto, ocorre a desvalorização dos diferentes tipos linguísticos devido a uma imposição do que é certo ou errado por uma minoria pertencente a uma classe social mais alta. Primeiramente, sabe-se que o acesso à educação de qualidade é bem limitado, restringindo-se àqueles com elevado poder aquisitivo. Logo, várias crianças e adolescentes crescem sem a oportunidade de aprender a língua normativa, exigida pela sociedade, tornando-se estigmatizadas e julgadas ao invés de serem compreendidas. Esse preconceito nasce da ideia de há uma única língua portuguesa correta, aquela ensinada nas escolas e baseada nas regras gramaticais, sendo essa tese defendida pelo escritor Marcos Bagno no seu livro "Preconceito Linguístico - o que é, como se faz". Além disso, existe a gramática internalizada, ou seja, a de cada falante, a qual se fundamenta nos costumes de onde a pessoa vive, não podendo ser marginalizada. Visto isso, o pensamento equivocado de algumas pessoas que defendem a unificação da língua no Brasil promove uma discriminação, principalmente em relação a nordestinos, pessoas de baixa renda e que moram no interior. Essa situação é retratada na música "Zaluzejo", da banda Teatro Mágico, como mostra o verso: "Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz". Com base nos argumentos apresentados, nota-se que novas medidas necessitam ser efetuadas. Cabe ao Poder Executivo, em parceria com o Ministério de Educação, executar campanhas, nos colégios e na mídia, por meio de vídeos divulgados na internet e na televisão, os quais devem propagar o respeito à diversidade linguística com o objetivo de conscientizar os indivíduos desde a infância. Desse modo, será formada uma consciência coletiva fundada em tolerância pelos diferentes tipos de expressão da língua portuguesa.