Título da redação:

Preconceito que cala

Tema de redação: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 01/12/2017

O preconceito linguístico no Brasil é um problema social que atinge principalmente as pessoas do interior, pobres e nordestinas. Isso se evidencia pela discriminação baseada no modo de falar desses indivíduos, como se fosse errado o jeito como eles se comunicam. Desse modo, é necessário que haja uma democratização linguística no país para que não ocorra a exclusão social. Sabe - se que a função primordial da língua é a comunicação, seja ela escrita ou falada, porém a linguagem verbal é diferente da escrita podendo mudar de acordo com o tempo e espaço. É notório isso no Brasil, pois cada região tem seu sotaque e gírias o que enriquece nossa língua, no entanto essa diversidade linguística não é bem aceita pela sociedade, nota-se isso pelas piadas e propagandas irônicas feitas com os nordestinos com intuito de critica-los por causa de sua língua, e a postura arrogante de algumas pessoas que se intitulam cultas e não sabem respeitar as diferenças. As vitimas deste preconceito social se acham inferiores às demais, por não seguir o padrão imposto pela sociedade e muitas das vezes se calam para não ser motivo de piada ou crítica. Isso atinge não só os adultos, com a falta de oportunidade no mercado de trabalho, mas também as crianças impactando o seu rendimento escolar e o convívio em sociedade, as quais preferem se isolar a ser motivo de chacota. Por esse problema ser tão comum, acaba sendo aceito e o resultado é a exclusão social Diante disso, conclui-se que mesmo a língua sendo dinâmica, ainda ocorre o preconceito linguístico devido à falta de intolerância da sociedade e a homogeneização da língua. A escola como agente de mudança deve criar projetos interdisciplinares em linguagens com intuito de ensinar os alunos à riqueza linguística do país. Já a mídia através das novelas criarem cenários que visem explorar a diversidade cultural do país, não só o sudeste, mas também o nordeste e interior. Para que haja democratização da língua brasileira é preciso que haja respeito.