O preconceito linguístico pode ser definido especificamente como um ato de discriminação a determinados grupos, pessoas e etnias devido sua maneira de se expressar através da língua portuguesa, utilizando dialetos, gírias e sotaques. No Brasil, um país repleto de diversidade cultural e regional, o preconceito torna - se mais comum e frequente do que se imagina, sendo forte contribuinte para a diferença e exclusão social, uma vez concebido o pensamento de que ''pessoas com maior poder aquisitivo e maior acesso a educação são os que possuem domínio total sobre a língua, sendo os menos favorecidos e sem instrução rebaixados por não seguirem tais padrões linguísticos''. A mídia também tem forte influência na expansão da discriminação, criando um esteriótipo de inferioridade para certos tipos de linguagens que podem fazer parte da cultura e do convívio social do indivíduo, como retratado na maioria dos filmes e novelas por exemplo, a fala nordestina é retratada usando um teor de deboche, e o personagem consequentemente do tipo grotesco, atrasado e rústico criado para provocar riso e escárnio por parte do espectador. De fato, a diversidade linguística dentro da língua portuguesa, deve ser vista e apreciada como valor cultural e tradicional, dando importância a cada particularidade regional e não a rematando como um problema. Para resolver tais impasses, cabe aos sistemas de educação brasileiros investirem na sensibilização sobre tal fator para que isso acabe. As escolas podem proporcionar debates, atividades e trabalhos educativos sobre as regiões brasileiras ensinando as crianças e adolescentes que um dos patrimônios culturais de cada parte do país é a linguagem e a forma como é usada para se expressar.