No filme Harry Potter, pode-se perceber a marginalização do personagem Harry em sua casa, assim como acontece com Neville Longbottom na escola. Em ambos os casos, por serem diferentes. No Brasil, temos essa manifestação de várias formas, uma delas é a linguística. Ela pode ocorrer por conta da baixa escolaridade de um individuo, bem como, devido a intolerância quanto a variantes regionais. Como prega o Iluminismo em um de seus ideais "a humanidade só progredirá, quando se mobilizar uns com os outros", os preconceitos apenas nos separam como indivíduos, como ocorreu quando o médico Guilherme Capel debochou de um paciente postando em rede social uma foto com os dizeres: "não existe peleumonia nem raôxis" gerando constrangimento e criando abismos entre pessoas. Outro tipo de preconceito segregacionista quanto a linguagem é a ridicularização do sotaque nordestino por pessoas do sul e sudeste, que taxam os nordestinos de burros ou sem intelecto. Contrapondo isto, o linguista Marcos Bagno em sua obra "Preconceito Linguístico - O que é, como se faz" afirma que não há certo ou errado e que é preciso diferenciar a gramática normativa da linguagem coloquial. Em consonância a Sir. Arthur Lewis em sua frase " Educação nunca foi despesa. Sempre foi um investimento garantido" o Ministério da Educação investiria na reformulação das ementas das disciplinas de Língua Portuguesa no Ensino fundamental de forma que inclua o estudo e exposição do estudante aos diferentes sotaques, dialetos e variações da língua com a finalidade de educar as crianças quanto as diferentes formas de falar a língua no Brasil.