O preconceito linguístico presente no Brasil é uma inerente problemática. Ao passo que torna maior as barreiras que separam uma classe rica e privilegiada , de outra , que além de viver sob condições menos favorecidas , lida com uma forte exclusão social, ratificada pela discriminação de seu linguajar. Além disso, nas escolas, há ausência de conteúdos que ultrapassam a gramática normativa e abranja dialetos populares, regionais e culturais, de forma a promover o respeito e valorização da diversidade linguística presente no país. A priori, a língua falada no Brasil sofre diversas alterações, decorrentes da região, Cultura e classe social, entretanto, nenhuma das variantes deve ser menosprezada ou interiorizada em relação a linguagem formal , presente em geral nas classes elitizadas. De acordo com o professor do Instituto de Letras Marcos Bagno, o uso da gramática normativa tem sido empregada como meio de dominação e separação pela população culta, o que é claramente visto no cotidiano. Um exemplo disso, são as novelas e filmes que sempre retratam pernambucanos e nordestinos como indivíduos brutos, sem classe e percussores de “graça”. Tal preconceito se realiza ,de forma direta ou indireta, pela ineficiência do Estado em punir com leis específicas a discriminação. Ademais, como dito pelo filósofo Immanuel Kant “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”, dessa forma é necessário formar nas escolas cidadãos que conheçam e respeitam a diversidade linguística de sua nação . Contudo, o vocabulário formal é o único pautado nas salas de aula e, por conseguinte, se torna o único a ser valorizado e respeitado. Nesse contexto, o preconceito linguístico é gerado a partir do momento que a língua é padronizada, sob uma visão normativa, que não correspondente a vertente coloquial majoritária do país. Sendo assim, o Estado deve adotar leis, através dos poderes legislativo e executivo, que punam o preconceito linguístico, com o objetivo de torna-lo uma infração sob pena de multa, afim de resguardar vítimas da discriminação. E, para mais, o MEC (ministério da educação) deve instaurar projetos nas escolas que abranja a importância da diversidade linguística do país. Dessa forma, o preconceito será punido e haverá respeito e valorização a multiplicidade do português brasileiro.