Um país de imensa extensão territorial como o Brasil, abriga em si, uma grande variação da língua portuguesa. Devido aos regionalismos, identifica-se inúmeros sotaques e gírias característicos de cada lugar. Essa diversidade gera uma enorme riqueza cultural para o país, e deveria ser vista com orgulho. No entanto, diariamente presenciamos a discriminação, a segregação e a intolerância às variantes linguísticas, encontradas no país. Sabe-se que a educação no Brasil é uma das maiores dificuldades da atualidade, e grande parte da população tem baixo domínio da norma padrão da língua portuguesa, essa taxa é ainda mais evidente nas escolas públicas e regiões mais pobres. Nesse contexto, é natural que a comunicação diária apresente desvios da norma padrão. Contudo, é comum presenciarmos a intolerância à essa diversidade. A forma que as escolas ensinam a sua norma linguística, exclui as variações regionais e culturais, e causa ridicularização, segregação e até marginalização dos falantes, frequentemente associados a pobres e analfabetos. Esse preconceito está presente principalmente nas áreas urbanas e de maior desenvolvimento, e é pouco repreendido. A tolerância deve ser praticada em todos os aspectos humanos. Para isso, deve-se ensinar desde cedo as diferentes formas de comunicação, como estudo das diversidades regionais e suas variações linguísticas em livros didáticos, e maior representação de sotaques e dialetos em grandes mídias. Com isso, é possível mostrar para as futuras gerações que não se deve julgar certo ou errado uma forma de comunicação, mas que o importante é fazer-se entender.