Título da redação:

Mola propulsora da exclusão

Proposta: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 27/10/2018

Com o advento do Parnasianismo, em meados do século XIX, esse movimento literário europeu, que a posteriori chegou ao Brasil, cujo enfoque estava na valorização de uma linguagem rebuscada e erudita como forma de expressar a arte pela arte; contribuiu para o cenário hodierno de preconceito linguístico no país. Uma vez que, o mesmo não só é prejudicial à valorização da diversidade linguística, como também é propuslsionador da exclusão social. A princípio, é perceptível que as diferenças linguísticas em um mesmo espaço são demarcadas por dialetos, regionalismo, gírias e sotaques. Nesse sentido, baseados em idéias pré-concebidas, muitos indivíduos agem de maneira preconceituosa, prejudicando, dessa forma, toda a conjuntura da sociedade brasileira. Haja vista que, muitos brasileiros são deploravelmente agredidos ou são alvo de piadas, geralmente, nas redes sociais, em razão de seu modo de falar ser considerado fora do "comum". Ademais, a banalização destes atos discriminatórios atuam no Estado como uma mola propulsora da exclusão social. Visto que, muitas pessoas se utilizam da linguagem verbal como uma forma de segregação social, impulsionando as condições socioeconômicas díspares e, inclusive, reforçando as desigualdades entre a elite e a massa marginalizada do país. A título de ilustração, tem-se a discriminação vinculada aos brasileiros que residem nas regiões Norte e Nordeste, pois sua situação de pobreza está normalmente atrelada aos regionalismos linguísticos. Infere-se, portanto, que é imprescindível mitigar essa mácula do seio da nossa sociedade, para que ela possa alcançar, de fato, o progresso. Destarte, cabe ao Governo Federal, associado ao Poder Legislativo, criar e efetivar, em território nacional, leis que punam os praticantes de preconceito linguístico, por meio de multas e detenções, visando a supressão de tal crime. Em consonância com a mídia, atuando como o "quarto poder", sendo responsável por alertar e proteger, principalmente, a comunidade atacada por tal prática repudiável e, desse modo, construir-se-á uma pátria cidadã e, também, uma nação mais tolerante e menos retrógrada.