Título da redação:

Língua que cala os falantes

Proposta: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 11/09/2018

O processo histórico de formação do brasileiro advém da miscigenação entre três raças, o colonizador, o negro e o nativo. Tal fato gera uma grande diversificação da linguagem, acarretando como consequência o preconceito linguístico. A persistência deste acontecimento se dá pela falta de abordagem nas escolas, em consonância com a tendência de homogeneização da língua. Em primeira análise, a persistência do preconceito linguístico se demonstra em um crescimento exponencial, já que a temática é pouquíssimo abordada nas instituições de ensino no Brasil. Segundo o filósofo Kant, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele". Com isso, pode-se concluir que é inadmissível que as escolas não orientem os alunos, tendendo o preconceito à inércia. Além disso, é de conhecimento geral que a função da linguagem é de estabelecer uma comunicação entre os interlocutores, fazendo com que a homogeneização da linguagem seja totalmente desprezível. O poema "pronominais", de Oswald de Andrade, já fazia referência ao assunto quando o eu-lírico diferencia duas formas de expressar o mesmo significado, tendo em vista a classe pertencendo ao falante. Demonstrando, apenas, que a persistência é antiga e necessita urgentemente de soluções. Portanto, conforme previsto no artigo 3 da constituição de 1988, é de dever estatal assegurar uma sociedade livre, justa e solidária para o desenvolvimento nacional. Com isso, o governo deve, através de palestras e aulas específicas, ensinar o quão prejudicial é a pratica do preconceito linguístico. Outrossim, é necessário que haja uma legislação com punições adequadas aos que colaborem com a marginalização da variação da língua. Somente com tais ações seria possível seguir o previsto na constituição. Afinal, um bom falante é um poliglota da própria língua.