Brasil é um país de tamanho continental. Colonizado por portugueses com descendentes de vários países europeus, africanos e asiáticos, tendo a maior miscigenação da América do Sul, contribuiu para inúmeros dialetos, sotaques e gírias diferentes dentro dos próprios estados. Essas dimensões proporcionaram também um preconceito que já faz parte da cultura brasileira: o linguístico. Essa ação, geralmente, é regional. Moradores de capitais acreditam que falam mais corretamente que os do interior, assim como sulistas para com os nordestinos e integrantes de classes sociais mais ricas com melhores índices de educação às classes sociais mais pobres atrelado a fatores como status social e financeiro. Há, ate mesmo, hierarquia de cidades e estados mais ricos no topo e os demais em posições inferiores. Como a língua portuguesa brasileira escrita é padronizada, a fala cotidiana precisaria de padrões e regras também? Há a crença de quem fala incorretamente, tem ou teve baixa escolaridade: as vezes sim, mas normalmente são os maneirismos da língua. Quando há textos com erros ortográficos nas redes sociais, o estrago é ainda maior, devido a ilimitada quantidade de espectadores gerando exclusões sociais e insegurança das pessoas que sofrem esse preconceito. Os ofensores têm de respeitar e não violar os direitos humanos. Entender que são tudo ponto de vista e características dos locais, ou nós que fomos colonizados por portugueses seriamos todos incompetentes ao falar o português brasileiro comparado ao português de Portugal? Deve-se respeitar que há locais para falar o idioma formal e o informal, punir judicialmente os preconceituosos e o governo precisam investir em educação para termos cidadãos que escrevam e falam corretamente. A língua está sempre mudando, e as nossas brincadeiras precisam mudar também.