O território brasileiro é extenso e, por conta da enorme diversidade cultural, torna-se impossível que a linguagem seja homogênea. Certamente, o atual preconceito linguístico que predomina no país tem origem histórica e, por isso, o fim desse descaso requer uma análise para que haja melhor entendimento do assunto e, logo, medidas cabíveis sejam tomadas para que o impasse seja atenuado. De acordo com livro ''Preconceito Linguístico'' do linguista Marcos Bagno, a intolerância está relacionada a uma construção histórica e social onde a linguagem passa por um processo de hierarquização e o que foge do padrão é considerado errado e motivo de piada. Decerto, essa má interpretação conjuntural deturpa e enfraquece a real função da linguagem que é permitir a comunicação direta entre emissor e receptor da mensagem. Ademais, é inquestionável que as obras do Modernista Oswald de Andrade foram uma enorme quebra de tabus linguísticos. Com textos que se opunham à métrica extremamente formal e rigorosa do Parnasianismo, a primeira fase do Modernismo trouxe consigo originalidade, simplicidade e nacionalismo ao ressaltar um eu-lírico regional e fora do comum para a época. Assim, pode-se perceber a importância da divulgação da linguagem variável para a quebra de preconceitos arraigados. Sendo assim, o Ministério da Educação deve explanar informações a cerca do problema por meio da distribuição de materiais didáticos e da implantação do ensino de variação linguística na grade disciplinar dos alunos com o intuito de expôr o preconceito descabido e, consequentemente, incentivar o respeito e amenizar a intolerância linguística.