Título da redação:

Diversidade que soma

Proposta: O preconceito linguístico no Brasil

Redação enviada em 23/09/2018

Com uma colonização híbrida- uma mistura de diferentes culturas durante o processo de colonização- uma das línguas mais faladas no Brasil (o português brasileiro) caracteriza-se pela abundância de variações linguísticas. Essas variações compõem o quadro da diversidade de dialetos e expressões do Brasil. Entretanto, muitas pessoas que pela falta de informação e até mesmo por se sentirem superiores, praticam o preconceito linguístico, colaborando com a prática da exclusão social e menosprezando a diversidade do próprio país. Analisando em um primeiro momento, a satirização das variedades linguísticas populares pela mídia é um dos principais fatores que levam ao aumento do preconceito linguístico no país. Segundo o pesquisador Marcos Bagno, o modo como a fala nordestina é retratada de forma rústica e grosseira para provocar risada e deboches por parte de seus telespectadores, é uma ofensa aos direitos humanos. Como a grande maioria dos telespectadores não portam de conceitos amplos sobre a língua, acabam não percebendo o preconceito encobertos nas falas de tais personagens e levam isso ao seu cotidiano, transmitindo o que lhe foi imposto a sociedade. Simultaneamente, a falta de professores preparados para atuar frente à variação linguística em sala de aula e a inexistência de programas do governo que poderiam promover discussões sobre o assunto, são também um dos grandes fatores que levam a falta da concepção da população perante ao fenômeno linguístico. Levando em conta a importância do respeito a etnicidade, a escola junto ao Ministério da Educação desempenham o papel de assegurar o entendimento das diferentes multiplicidade de dialetos, sotaques e expressões no contexto da comunicação. Em face a essa realidade, a prática do preconceito linguístico no Brasil aumenta as divergências existentes entre diferentes regiões do país, além de prejudicar o processo de integração da comunicação entre os indivíduos. Com a divulgação de campanhas nas escolas pelo Ministério da Educação, assim como a criação de programas televisivos que desconstruam visões estereotipadas sobre o uso linguístico regional, existe a possibilidade de conscientização e a redução do preconceito. Dessa forma, o respeito pela diversidade linguística no Brasil pode ser alcançada.