No século XV, o português foi imposto pelos movimentos colonizadores portugueses e pela propagação do catolicismo desfavorecendo as línguas nativas brasileiras. Nesse contexto, o atual julgamento depreciativo regional e a segregação cultural intensifica o preconceito linguístico no Brasil. A princípio, o desrespeito praticado as variantes do português brasileiro corrobora o impasse. Segundo o jornal Estadão, o preconceito linguístico é um forte meio de exclusão social, pois normalmente os alvos são grupos sociais pobres e marginalizados. Desse modo, a discriminação linguística direcionada a esses grupos desencadeia obstáculos a sua participação e inclusão no meio social. Outrossim, a inferiorização de históricos culturais regionais agrava a problemática. O ideal incorreto de superioridade cultural é um propulsor do problema, visto que o desrespeito a costumes, momentos e crenças de determinada região cria formas de desvalorização a determinados povos. Dessa forma, parafraseando o físico Albert Einstein, na pluralidade linguística brasileira, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. Torna-se evidente, portanto, que o preconceito linguístico no Brasil precisa ser combatido. Para tanto, o Ministério da Educação deve promover debates em escolas e universidades, por meio da valorização linguística do país, para que alunos e professores possam entrar em contato com novos dialetos, e promover a interação social. Além disso, o Ministério da Cultura em parceria da iniciativa privada deve criar projetos culturais, por meio de acervos e museus com entrada franca, para que haja um conhecimento de novas culturas pela sociedade, assim atenuando o problema social.