Com o advento do Modernismo na literatura brasileira, poetas e artistas tentavam degradar o padrão formal, que era espelhado na Europa, e buscavam uma literatura mais próxima da nação de fato. Com isso, muitos autores transmitiam nos poemas as marcas de oralidade regionais, gírias, sotaques e erros ortográficos presentes no cotidiano. Entretanto, atualmente não há mais a compreensão e o respeito com a variedade da língua, o que origina uma grande problemática: o preconceito linguístico. Assim sendo, analisar as causas e as consequências desse fato é necessário. Decerto, vários são os fatores que contribuem com a diversidade da língua no Brasil contemporâneo. No Segundo Reinado, imigrantes como italianos, japoneses e alemães vieram ao país para trabalhar nas lavouras de café, o que contribuiu com as diferenças expressas hodiernamente. Nessa visão, agir de forma preconceituosa é um fato inaceitável em um país tão diversificado e miscigenado de culturas. Logo, ter respeito às diferentes oralidades torna-se necessário. Com isso, discriminar ao próximo traz consequências à sociedade. De acordo com o sociólogo Émile Durkheim em sua teoria do “Fato Social”, o ser humano age e é moldado pelo seu grupo social, por ações exteriores, gerais e coercitivas. Assim, atitudes que demonstram certa exclusão social dessa minoria, exemplificados em escolas, na busca de um emprego e, até mesmo, nas redes sociais com expressões discriminatórias, catalisam atos xenofóbicos. Em síntese, combater atitudes como essas devem ser exercidas. Fica evidente, portanto, que o preconceito linguístico é um problema que deve ser cessado. Dessa forma, o Poder Legislativo deve evitar a discriminação em vários locais, por meio de uma lei que torne crime a prática de exclusão por questões regionais, biológicas ou sociais. Além disso, a Mídia deve promover mais a representatividade desses grupos e das culturas com campanhas, cartazes e novelas a fim de evitar o preconceito linguístico. Só assim, casos como o do Modernismo será positivo e a valorização das línguas da nação praticada em sociedade.